Balança Comercial : Corrente de comércio aumenta 10,2% e chega a US$ 30,74 bilhões em janeiro

O Brasil abriu o ano de 2021 com aumento de 10,2% na corrente de comércio (soma das exportações e importações), que chegou a US$ 30,74 bilhões em janeiro. Os dados divulgados nesta segunda-feira (01/22) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia (Secex/ME) mostram que as exportações cresceram 12,4% e somaram US$ 14,81 bilhões, enquanto as importações cresceram 8,3% e totalizaram US$ 15,93 bilhões. Assim, a balança comercial registrou déficit de US$ 1,13 bilhão no mês.


O aumento das exportações foi favorecido pela alta dos preços e por uma base de comparação mais baixa, já que em janeiro do ano passado houve uma queda de quase 20% nas vendas ao exterior, motivada principalmente pelas vendas mais fracas à China, que foi o primeiro país a sentir os efeitos da pandemia.

Em 2021, os preços estão subindo, o que impulsiona os valores da balança. “O preço vem reagindo. Ao contrário do ano passado, em que tivemos queda de preços durante todo o ano, agora começamos o ano com crescimento”, explicou o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão.

Do lado da importação, o aumento foi motivado pelo crescimento da demanda interna por produtos importados. Já o déficit deste ano, assim como em janeiro do ano passado, foi motivado pela importação de plataformas de petróleo, que alcançaram cerca de US$ 2 bilhões.

Segundo a Secex, o aumento das exportações foi impulsionado pelo crescimento de 35,3% nas vendas da Indústria Extrativa, que chegaram a US$ 4,53 bilhões, e pelo aumento de 6% na Indústria de Transformação, que alcançou US$ 8,53 bilhões.

No primeiro caso, destacaram-se as vendas de minério de ferro (73,6%), que está sendo negociado com um preço 45% acima do praticado em janeiro do ano passado. “Há uma grande demanda pelo produto e uma grande limitação de oferta mundial”, comentou Brandão. Ele salientou que a produção do Brasil – que é um dos dois maiores produtores mundiais, junto com a Austrália – não deve crescer neste ano.

Já a Agropecuária, com US$ 1,67 bilhão, registrou queda de 2,6% nas vendas externas. Ainda assim, houve um aumento de 332,8% nas exportações de trigo e centeio; de 54,3% em milho não moído, exceto milho doce; e de 43,2% no café não torrado.

Nas importações, a média diária em janeiro foi de US$ 797 milhões, a maior desde janeiro de 2015, quando chegou a US$ 803 milhões. A Agropecuária registrou aumento de 22,3% e somou US$ 0,42 bilhão. O resultado foi puxado principalmente pelas compras de soja (487,3%), trigo e centeio não moídos (35,1%) e milho não moído, exceto milho doce (85,3%).

Na Indústria Extrativa, com US$ 0,55 bilhão, houve crescimento de 7,6% nas importações, com destaque para minério de ferro e seus concentrados (146.403,4%), gás natural, liquefeito ou não (60,1%) e outros minerais em bruto (44,8%).

A Indústria de Transformação aumentou em 6,5% as compras do exterior, alcançando US$ 14,70 bilhões. Destacaram-se adubos ou fertilizantes químicos (42,7%), válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (17,6%) e plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (6,6%).

Os dados da Secex indicam que houve pequeno crescimento nas quantidades importadas (0,4%), mas continua o movimento de redução dos preços (-3,3%), causado principalmente pela Indústria de Transformação (-2,8%), que responde por 92% das compras brasileiras.

Brandão também destacou o crescimento de 22,4% nas importações de bens intermediários, incluindo insumos para produção, como adubos e fertilizantes, partes e peças de produtos eletroeletrônicos.

Entre os parceiros comerciais, as exportações para a Argentina cresceram 41,1% e somaram US$ 0,76 bilhão, enquanto as importações do país vizinho aumentaram 30,2% e totalizaram US$ 0,78 bilhão. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou déficit de US$ 0,02 bilhão e a corrente de comércio aumentou 35,3%, alcançando US$ 1,54 bilhão.

Herlon Brandão lembrou que as exportações de veículos automóveis de passageiros (41%) e para transporte de mercadorias (32,6%) tiveram crescimento em janeiro, o que influencia muito o comércio entre os dois países. Além dos automóveis, também cresceram as vendas de minério de ferro e produtos siderúrgicos para a Argentina.

Já para a China houve aumento de 19,4% nas exportações, influenciado principalmente por minério de ferro, enquanto para os Estados Unidos houve uma pequena queda de 4,4%, e para a União Europeia, um recuo de 5,6%.

Em relação à origem dos produtos importados, caiu em 26,1% a compra de itens da China, mas essa queda foi causada pela entrada de plataformas de petróleo. “Embora o movimento de plataformas tenha sido equivalente em janeiro deste ano e do ano passado, muda o país de origem, onde foram fabricadas essas plataformas”, explicou Brandão.

No ano passado, houve nacionalização de uma plataforma fabricada na China, de quase US$ 2 bilhões, enquanto em 2021 entraram três plataformas de outras origens. Uma delas foi o Japão, que acabou apresentando um crescimento de 135% como origem das compras brasileiras.

Já as importações dos Estados Unidos diminuíram 1,4% em janeiro, na comparação com janeiro do ano passado. Da União Europeia, a queda foi de 6% nas importações.

(Fonte : LEGISWEB e Ministério da Economia)

Notícias relacionadas

Since 2002, Interoceanica has been offering comprehensive solutions in integrated logistics and freight forwarding, providing high performance in its operations across various sectors. 

Assine nossa news letter

Assine nossa News Letter e receba às últimas notícias e atualizações sobre o nosso mercado.

Contact

© 2024 Interoceânica . Todos os direitos reservados.
en_USEN