O petróleo pode subir para US$ 100 o barril no próximo ano com a recuperação da demanda por viagens, segundo o Bank of America, na previsão mais otimista até o momento entres grandes bancos sobre o retorno aos três dígitos.
O consumo global de petróleo continuará a superar a oferta em 2022, já que a recuperação econômica do impacto da pandemia aumenta a demanda por combustíveis. Ao mesmo tempo, investimentos em nova produção são limitados por questões ambientais, disse o banco em relatório.
Se o petróleo voltar à casa dos três dígitos, seria a primeira vez que a commodity atingiria esse nível desde 2014. Desde então, o mercado foi inundado pelo gás de xisto dos Estados Unidos, derrubando os preços, que nunca se recuperaram totalmente.
O cenário cada vez mais otimista para o petróleo aumenta a pressão sobre a coalizão Opep+, liderada pela Arábia Saudita e Rússia, que se reúne na próxima semana para decidir se repõe um pouco mais da produção cortada durante a pandemia.
Embora o governo saudita tenha sinalizado que prefere agir com cautela, a oferta mundial cada vez mais apertada poderia obrigar a aliança a abrir um pouco as torneiras. Os preços acumulam alta neste mês, também impulsionados pelo fracasso do Irã, membro da Opep, em fechar um acordo para aliviar as sanções dos EUA às exportações de petróleo do país.
Viagens de carro
De acordo com o Bank of America, as perspectivas imediatas para a aliança Opep+ são positivas.
O consumo de petróleo será impulsionado no próximo ano em meio ao menor uso de transporte público e mais viagens em veículos particulares.
Mesmo a popularidade contínua do trabalho remoto não afetará o consumo de combustíveis tanto quanto esperado, pois profissionais que trabalham em casa usam os carros durante o dia para assuntos pessoais, disse o banco.
Ainda assim, as expectativas de mercado apertado em 2022 estão longe de ser unânimes. Um relatório da Agência Internacional de Energia no início do mês mostrou que metade do aumento projetado da demanda pode ser atendida pela recuperação da produção de países fora da Opep, predominantemente dos EUA.
Isso deixaria a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e parceiros com quantidades significativas de produção ociosa, ainda mais se o Irã conseguir fechar um acordo nuclear com os EUA até lá.
Fonte: BiodieselBr
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